segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mitologia, grafite e quadrinhos


Segundo Joseph Campbell, o mundo hoje é desmitologizado e de histórias fragmentadas sem uma costura vital. Para o autor todos precisamos de mitos para estruturar o desenvolvimento pessoal individual. Nas grandes cidades muitas vezes não há mitos vivos e socialmente compartilhados, e por isso os adolescentes podem se sentir apartados de seus grupos sociais e também produzirem seus próprios mitos coletivos. Estes podem ser tanto saudáveis e trazerem mudanças benéficas à sociedade, como podem produzir violência por terem uma estrutura diferenciada das leis sociais.

Para Campbell os desenhos de grafites, que se espalham por toda a cidade, são produção míticas produzidos por jovens. Atualmente os jovens parecem ávidos por mitos, e se interessam tremendamente pelos artistas produtores de imagens e enrredos míticos, como quadrinhos e literatura. A pergunta que fazemos é, como estes mitos podem participar do corpo social? Como estes mitos podem ser valorizados pela sociedade, que certamente também está órfã de mitos? Como produzir uma boa mistura dos novos mitos produzidos no seio social com que se encontra engessado e estabelecido socialmente?


Anita Rink

sábado, 20 de junho de 2009

Ficção literária como um “remédio” adequado


Deborah Berlinck em entrevista com Nancy Huston diz que os humanos estão invadidos pela ficção sem perceber. Ela diz que quando estas ficções são pobres podem se tornar nefastas e perigosas. Berlinck indica a ficção literária como “remédio” aos modos perigosos de ficcionalizar o real. Segundo Deborah a ficção na literatura não se apresenta como verdade eterna, ela abre um espaço na psique para ambigüidades, contradição, complexidade e situações com mais nuances.

Nossa psique necessita das multiplicidades emocionais, imagéticas que abrem novas possibilidades de imaginação para o sujeito "se organizar" no fluxo de conhecer mundos. A literatura pode geralmente se torna um modo lúdico de nos identificamos com personagens que, em princípio, nem se parecem conosco.

Deborah Berlinck acredita que escrever é empurrar a fronteira do real, navegar para além da lógica racional e com isso possibilitar acessarmos diferentes partes da psique. Escrever também pode ser visto como criar mundos e mesmo criar no mundo. Deborah comenta sobre a importância da leitura de romances, pois romances em forma de filme ou algum outro meio de massa nos aproximamos de novas formas culturais diferentes da nossa. Podemos dizer que a ficção nos oferece uma distância preciosa... Facilita a identificação pessoal sem que haja enredos lineares e destrutivos que afetem negativamente a realidade concreta; aumenta nosso conhecimento sobre o que não é considerado familiar, contribuindo para melhor compreendemos os outros e o estrangeiro; e ainda desenvolve nossa imaginação e criatividade de modo lúdico.

http://www.lpm-editores.com.br/v3/artigosnoticias/arquivos/marcas_oglobo_220308.pdf

Anita Rink desenvolve no Atelier Rink estudos e discussões sobre o assunto.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Palavra e Imagem


Com a sobreposição de palavras e imagens, o leitor exerce suas habilidades interpretativas visuais e de cunho artístico, podendo perceber, mesmo que inconscientemente estes aspectos (perspectiva, composição, simetria), aspectos literários
(ação, enredo, personagens) e lingüísticos (gramática, sintaxe, diálogos.

(Rubem Borges Teixeira Ramos & Lígia Maria Moreira Dumont)

Discussão e grupo de Estudo: Atelier Rink

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sobre os Quadrinhos


Quadrinhos: Uma leitura capaz de acrescentar aspectos positivos a vivência dos leitores. Com capacidade de levar o leitor a uma reflexão aliada à satisfação da necessidade que os homens possuem de lazer e entretenimento.